Vamos correr?

Seja bem-vindo ao Haja fôlego!. Nosso objetivo com este blog é compartilhar com você a nossa paixão por corridas de rua e divulgar todo o material o qual temos acesso diariamente. Como não somos médicos, fisiologistas e muito menos preparadores físicos - somos apenas um jornalista e uma psicóloga que gostam de correr nas horas vagas - tudo o que escrevemos aqui é fruto de pesquisa e leitura em revistas e sites especializados. Portanto, antes de começar a correr ou praticar qualquer atividade física, procure um médico cardiologista e faça todos os exames possíveis, ok? Esporte é vida, saúde, prazer! Boa leitura. Te esperamos na próxima corrida.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Supercompetições ampliam fronteiras do corpo humano

Galerinha do blog, a reportagem abaixo é uma reprodução do O Globo On Line, de autoria da jornalista Simone Intrator. Adorei a reportagem e gostaria de dividi-la com vocês. Para nós, corredores, é importante ficarmos atentos à opinião dos especialistas sobre os limites do corpo humano. Boa leitura!

Neste momento, os atletas brasileiros e estrangeiros que participam da corrida de aventura Ecomotion 2009, a maior do Brasil, já deram a largada para cumprir, seja num caiaque, de mountain bike, fazendo uma tirolesa ou explorando uma caverna, parte dos 430 quilômetros de um percurso cheio de percalços na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais. A turma, que já começou a suar a camisa, tem até o dia 28 para dar conta da aventura. E, para isso, os atletas podem ficar até quatro dias sem dormir. Quer dizer, nem tanto: a organização do evento obriga que se tenha oito horas de sono ao longo da prova.

Quem entra num desafio como esse, ultrapassa qualquer limite considerado normal. Bernardo Fonseca, por exemplo, único brasileiro a participar da Ultramaratona da Antártica, treinou para a prova com uma esteira ergométrica dentro de um frigorífico. Alexandre Ribeiro, para o Ultraman, praticava dando "corridinhas" de seis horas. É nessa hora que surge a polêmica: será que exigir o máximo do corpo em esportes de ultrarresistência não pode ser prejudicial à saúde?

Segundo Vera Aparecida Madruga e Mara Patricia Chacon-Mikahil, professoras da Faculdade de Educação Física da Uni$, e o aluno de doutorado Cleiton Libardi, todos pesquisadores do Laboratório de Fisiologia do Exercício (Fisex) da Faculdade de Educação Física da Unicamp, as opiniões se dividem.

- Pesquisas têm mostrado que alguns sistemas orgânicos são beneficiados pelo treino de alta intensidade. Outros são prejudicados - diz Vera Madruga. - Mas há sempre o risco imprevisível de infarto agudo do miocárdio e lesões articulares.

Corpo trabalhando no limite é o maior prazer dos atletas

Para Alexandre Mazan, ex-triatleta da seleção brasileira, que hoje se dedica a esportes extremos, a melhor maneira de evitar riscos é fazer da consciência sua aliada.

- É preciso dar tempo ao corpo para ele se equilibrar. Acho que o ideal é programar uma aventura mais longa por ano ou algumas menores mais vezes e fazer treinos diários para crescer gradativamente - diz ele, que treina cerca de três horas por dia, controla a alimentação, evita as saídas à noite e tem na ponta da língua o motivo pelo qual opta por esse estilo de vida. - É muito prazeroso ver que seu corpo está trabalhando no limite dele, num funcionamento tão fora do padrão.

Os especialistas do Fisex alertam, porém, que os riscos existem independentemente das realizações de treino diário.

- Até porque os próprios movimentos são realizados em intensidades muito elevadas, o que também pode ser considerado um risco - explicam.

A recuperação do organismo, após a prova, também deve ser levada em conta, porque dificilmente será plena, já que o atleta não pode parar de treinar.

- Muitas vezes não se consegue comer o necessário para suprir o gasto calórico. E os estímulos do exercício físico são diários e compostos de várias sessões. O atleta quase sempre está no limite entre o excesso de treinamento (overtraining) e o estímulo necessário para atingir o ápice - diz Mara Patrícia.

A equipe do Fisex explica ainda que nem todos os organismos são capazes de aguentar um tranco tão radical.

- A capacidade de restabelecer as reservas do organismo e reparar os pequenos traumas ocasionados pelo excesso de contração muscular são individuais e estão relacionados a respostas hormonais e síntese proteica - garante Cleiton Libardi.

Para saber se é hora de parar, ensinam os especialistas, repare se suas marcas individuais pararam de melhorar ou se as lesões são cada vez mais frequentes. Os dois sintomas podem estar sinalizando que as respostas do organismo não são mais as mesmas, seja pelo processo degenerativo ocasionado pelo excesso de treinamento, seja pelo próprio envelhecimento ou até mesmo pelo overtraining.


3 comentários:

Dulce Cravo disse...

E dicas pra quem não consegue mais parar de participar de corridas de rua? Tem??? rsrs... Neste mês de novembro totalizei 4 provas, ou seja, todos os domingos do mês eu estava lá, nas pistas, buscando minhas marcas de superação!

Ninho disse...

E ainda ficou pegando Mate com menta de todo mundo nas barraquinhas durante a corrida. Que mico, Nhu! Não pode ser mate puro? Tem que ser com menta?...rsrsrs

Dulce Cravo disse...

Ih Ninho, não pode ser puro não, tem que ser com menta, ué?! rsrsrsrs... até um senhor (corredor) tb pegou Mate pra mim rsrsrs... outro vicio dificil de tirar. Um não, pegou 4 garrafinhas de Mate rsrsrs.. cruz credo mesmo!!!